segunda-feira, 25 de março de 2013

O amor é PURA química


                                   
 Você já parou para pensar no que acontece dentro de um corpo apaixonado? De onde surge toda a revolução interna? Para todas as explosões químicas que acontecem quando estamos apaixonados,  a ciência tem uma explicação.
  O cheiro atua como um bálsamo estimulante, mexe com o cérebro e com o corpo. As moléculas do cheiro sobem diretamente ao nariz e quando entram em contato com os neurônios, sensações e memórias se fundem e o cheiro passa a estar ligado à imagem do amado. O mais interessante é que o cérebro, através do cheiro, pode até detectar a compatibilidade genética entre o casal.
 
 O coração passa de 80 bpm para 120. Os vasos sanguíneos se dilatam e causam o rubor. Arrepios, suores... o corpo parece uma usina de energia elétrica. A temperatura sobe. Ficamos confusos e o cérebro fica desorganizado. Na atração súbita, liberamos mais hormônios e neurotransmissores que alteram o comportamento emocional. A paixão faz com que as pessoas falem bobagens.
  O olhar fixo revela a imagem da pessoa amada e desencadeia emoções únicas. O cérebro parece uma galáxia por causa da explosão de neurotransmissores. A dopamina é um deles, aparece em forma de pequenas bolas cor-de-rosa que se multiplicam. A carga de dopamina estimula o ânimo e o prazer.
  Os neurônios enviam mensagens ao córtex central, controlando as expressões faciais. Os nervos dão ordens aos músculos e assim acontece, por exemplo, a correspondência de um sorriso. Quando estamos apaixonados damos mais atenção à nossa aparência e desenvolvemos a arte da sedução. Temos então uma coreografia amorosa e  os  movimentos são sincronizados, assim como as falas.
  Atraídos pelo desejo, as pupilas dilatam, o sangue corre veloz pelos minúsculos vasos tornando os lábios mais cheios e rosados. O bom senso entra em ação e o cérebro é capaz de ponderar e interromper fantasias. O córtex cerebral é quem  diz não e faz a censura.
  A voz fica dois tons mais profunda nos homens e as ondas atingem a corda certa no tímpano das mulheres. Essas ondas são convertidas em corrente elétrica e ativam o cérebro desencadeando sensação de prazer.
   Debaixo da pele, um milhão e meio de receptores registram as sensações causadas pelo  toque e as sensações são transmitidas para milhares de terminações nervosas. O contato desencadeia uma corrente elétrica que viaja pela medula espinhal e chega ao cérebro. O cérebro passa a liberar mais endorfina. O circuito da recompensa é ativado. Por isso, o carinho dá tanto prazer.
  O feromônio é substância da atração e possibilita o reconhecimento, mesmo sem querer , do cheiro do ser amado. O amor afeta o cérebro como um doce, uma comida predileta, ou até mesmo uma droga.
  O beijo, para a ciência, é a primeira penetração. A região ao redor da boca é crivada por milhões de terminações nervosas. O aumento da saliva e dos feromônios invadem o cérebro, causando mais uma tempestade de prazer.
  A oxitocina, a testosterona e a luliberina transformam o corpo, preparando-o para a relação sexual. Durante a relação sexual o coração chega a 150 bpm. O cérebro é o principal órgão do amor, funciona como uma fábrica superativa que transforma as sensações em emoções e depois em sentimentos.  
  Quando o casal se separa, também acontecem reações bioquímicas. A dor da perda altera o organismo. A dopamina desaparece do cérebro e não sentimos vontade de fazer nada pela falta de estímulos. Um aperto na garganta é explicado pela ciência: os músculos se contraem pelo estresse  e com isso não sentimos fome. O choro reflete desespero. Um sintoma clássico de abstinência é tremer, este está associado à dependência.
  Esta é a odisseia mágica do corpo apaixonado. Afinal, o amor é PURA química.

Fonte: Globo Repórter, exibido em 05/02/2010.

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